quinta-feira, 18 de novembro de 2021

ROCKET LAB AVANTE!

O Pequenino e Eficaz Electron


A Rocket Lab esteve trabalhando em seu embrionário e pequeno foguete Electron. O foguete não é muito grande, é bem pequeno se comparado aos gigantes de outras agências e empresas, mas ainda assim é uma ótima carona para pequenos satélites, foguetes pequenos são versáteis, tem pouco peso relativo, e portanto são eficientes em levar pequenos satélites para a órbita, e o Electron ultimamente esteve ganhando muitos fãs.

A Rocket Lab, no dia 17 de Novembro, colocou dois satélites de imageamento BlackSky em órbita. O Electron decolou do Rocket Lab’s Launch Complex 1 (Complexo de Lançamento 1 da Rocket Lab), mais exatamente na Península de Mahia, Nova Zelândia, às 8:38 P.M Oriental.

O estágio inicial do foguete implantou dois satélites BlackSky Gen-2 em órbita a uma altitude de 430 quilômetros, quase uma hora depois. O BlackSky mais tarde confirmou que ambos os satélites estavam operando conforme o esperado após a implantação.

O lançamento foi chamado de “Love At First Insight”, ou “Amor á Primeira Vista”, este foi o primeiro lançamento do pequenino Electron desde 29 de Julho, quando carregava uma carga útil para a Space Force. As consequências geradas pela pandemia do COVID-19 atrasaram os lançamentos da Rocket Lab na Nova Zelândia.


Tal lançamento deve também parte de sua importância para o aprimoramento dos métodos de recuperação para cargas reutilizáveis da Rocket Lab, já que a mesma pretende reutilizar o primeiro estágio do foguete.

Nesta missão, um helicóptero monitorou o Booster que descia rumo ao Splash Down (chamado assim porque neste momento da missão o Booster é direcionado de modo a cair no mar, e geralmente os foguetes não reutilizáveis se espatifam na água, daí o “Splash”, e o “Down”, obviamente se refere a descida do Booster), para que, futuramente a Rocket Lab realize com sucesso seu procedimento que consiste em manobrar um helicóptero e com ele capturar o Booster no ar, para então reutilizá-lo nas missões posteriores a fim de reduzir custos para lançamento e vencer seus concorrentes em menor preço.


O próximo lançamento do Electron, “A Data With Destiny”, está agendado para dezembro e levará outro par de satélites BlackSky. Esse será o sexto e último lançamento do Electron em 2021.


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Fonte:
SpaceNews


Autor:
Marcos SBR

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

HOTÉIS ESPACIAIS ROTATIVOS

DA FICÇÃO Á REALIDADE, HOTÉIS ESPACIAIS



O contexto tecnológico em que estamos inseridos está em constante mudança atualmente, além das ideias ambiciosas de Elon Musk em relação ás viagens interplanetárias, temos também agora a inovadora empresa especializada em construção espacial, a OAC.

A OAC, sigla para Orbital Assembly Corporation, quer ser a primeira empresa a trazer para a realidade hotéis na órbita baixa da Terra (LEO). A empresa  focada em tornar-se a principal empresa de construção espacial de grande escala, que permitirá a humanidade viver no ecossistema espacial, anuncia a sua oferta de financiamento. A empresa planeja usar o financiamento para alavancar o processo de aperfeiçoamento das habilidades, na construção espacial.

Eles estão concentrando suas forças na tentativa de reduzir custos no lançamento de materiais para a órbita terrestre, e para tal, a empresa está desenvolvendo sistemas de montagens robóticas, feitos para montar instalações no espaço até maiores que a Estação Espacial Internacional, enquanto acomoda centenas de pessoas.

Recentemente, a empresa validou o seu Demonstrator Station Truss Assembly Robot (DSTAR), implantando uma estrutura de treliça longa de campo de futebol que pode ser montada no espaço utilizando os robôs. A OAC planeja construir o Gravity Ring que pode ser a primeira plataforma capaz de fornecer gravidade artificial, pois pode simular vários tipos de  ambientes gravitacionais, inclusive o de Marte.

A OAC está determinada a fazer das suas estações Pioneer-Class as primeiras plataformas habitáveis capazes de fornecer gravidade artificial, desbloqueando oportunidades sem precedentes para a investigação, turismo, e voos espaciais de longa duração.

A classe Pioneer de estações espaciais marca uma mudança fundamental em relação às arquiteturas de estações existentes, com instalações turísticas separadas. A sua concepção consiste em oito módulos habitáveis com capacidade até 56 tripulantes, com 16 portos de atracagem e que fornecem uma simulação de gravidade até ao nível lunar.

Mas o projeto principal da OAC é a Estação Voyager, da classe Voyager. A Classe Voyager irá também proporcionar o conforto da baixa gravidade dentro das acomodações luxuosas de um espaço hoteleiro de luxo para turistas que queiram experimentar uma visita prolongada ao espaço, acomodará até 400 visitantes e tripulação.

Dito tudo isso, parece ser um grande projeto ambicioso que trará novas ideias e concepções acerca da nossa capacidade humana de inovar e revolucionar a nossa presença aqui neste planeta. É animador viver nessa época, em que novas tecnologias estão sendo testadas e saindo do papel a todo momento.

"Se vamos ter um grande número de pessoas a experimentar o Efeito Panorâmico durante longos períodos de tempo, vamos precisar de ter o tipo certo de infraestrutura estabelecida em todo o ecossistema solar. É aí que entra a OAC e é por isso que a sua missão é tão importante para o nosso futuro". Frank White, conselheiro OAC & autor de The Overview Effect.


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Fonte:
SpaceDaily


Autor:
Marcos SBR





COMO A STARSHIP COMEÇOU

Quando Enfim Os Planos Saíram Do Papel


Esse era o modelo inicial de todo o projeto, era comumente chamado de Water Tower, ou Caixa D´água, do inglês. E convenhamos, tinha uma aparência um tanto esquisita, e realmente se parece muito com uma Caixa D´água! Mas não se engane, essa belezinha esquisita foi quem trouxe o projeto mais ambicioso de Elon Musk á marcha total!

O StarHopper fez seu primeiro voo percorrendo pouco mais de 150 metros. Após a decolagem, foi possível observar que a nave perdeu algumas partes durante o teste, como por exemplo o seu Nariz (ou Nosecone). Poucos dias antes, Elon Musk havia publicado em seu Twitter que havia alguns problemas na fiação ou com os ignitores, fazendo com que o teste fosse adiado. Mas em 27 de agosto de 2019, era enfim testado o primeiro protótipo do programa Starship da SpaceX.
 
Antes das decolagens, os civis que moravam perto da empresa, em Boca Chica (Texas, EUA), foram avisados que um mal funcionamento poderia desencadear fortes ondas de pressão, correndo o risco de quebrar o vidro das janelas das residências dos civis que moravam por perto. Todos foram aconselhados a deixar o local durante os testes, pois era alta a chance de acidentes.

Em dezembro de 2018 começava a se discutir uma nova estrutura que estava sendo construída em Boca Chica, sendo inicialmente referenciada como Water Tower (Caixa d´água). Pouco tempo depois Elon Musk publicou em seu Twitter uma foto da estrutura, tal qual chamou de Stainless Steel Starship. Ali era possível ver o tanque principal da StarHopper com seu design original, incluindo o nariz. Ele também esclareceu que a empresa não estava planejando melhorar o Falcon 9 para reutilização, ao invés disso, estavam acelerando o BFR (Big Falcon Rocket), que posteriormente passou a se chamar Super Heavy Starship.

No campo de testes foi possível ver o que queria dizer, foram implementados uma série de 300 componentes de carbono de aço inoxidável. Nos dias que se seguiram, o tanque foi aumentando o seu tamanho a cada vez que o olhava. Em 5 de Janeiro de 2019 o primeiro protótipo do programa Starship recebeu 3 motores Raptor para demonstração. Como ainda não tinham tido a oportunidade de voar, Elon Musk antecipou que os motores eram uma mistura do desenvolvimento do Raptor com peças operacionais. O primeiro motor estava sendo terminado na Califórnia (EUA), e no mês seguinte, em fevereiro de 2019, seria finalizado.

Após meses de testes de ignição, potência e tanques, em Agosto de 2019 realizou-se então o primeiro teste atingindo as expectativas, voando  a uma distância de aproximadamente 150 metros, chegando a uma altura de 55 metros. A Subida foi lenta e a velocidade demorou um pouco para ser alcançada, como é usual. O teste foi feito no Texas, na fronteira com o México.


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Fonte:
https://youtu.be/Jem5iFXMAhU


Autor:
João V. Sandi

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

O PIONEIRO DC-X

Foguete Que Pousava Sozinho Era Projeto Da NASA Há 30 Anos Atrás


É tão maravilhoso ver que as empresas de hoje projetaram foguetes que pousam sozinhos com sucesso. Porém, poucas pessoas sabem, mas a NASA já havia feito isso 30 anos atrás, com um foguete chamado DC-X ou Delta Clipper Experimental, parecia promissor e abriria portas e ideias para o futuro, de fato esse projeto com toda a idéia de pousos verticais, de modo a podermos reutilizar um mesmo foguete para várias missões, trouxe o pontapé inicial para que isso tudo começasse.

O DC-X era um veículo em forma de cone com 12,8 metros de altura e 4 metros de diâmetro na base. Pesava 9072 kg vazio e 18870 kg carregado de propelentes. Utilizava quatro motores, capazes de gerar 6200 kg de empuxo cada, que usavam hidrogênio e oxigênio líquidos como propelentes. Ele demonstrou operações como voar para frente, para trás, para os lados e pairar. Foram realizados ao todo doze voos de teste que duraram entre 59 a 142 segundos e a altitude máxima foi de 3140 metros.

Foi construído entre 1991 e 1993 pela McDonnell Douglas, atualmente parte da Boeing, após vencer um contrato do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que tinham também como concorrentes deste contrato a General Dynamics e Rockwell International. O primeiro voo ocorreu em Agosto de 1993 e o último em Julho 1995, totalizando oito voos de teste. Em seguida, o novo programa DC-XA (Delta Clipper Experimental Advanced) estava em ação, tendo como operadores a NASA e o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, sob o Programa de Veículos Lançadores Reutilizáveis.


O Delta Clipper Experimental Advanced foi uma versão modificada do DC-X. Tinha um tanque de hidrogênio líquido de grafite leve epoxi e um avançado intertank de favo de mel (honeycomb) de grafite/alumínio construído pela McDonnell Douglas, um tanque de oxigênio líquido de alumínio-lítio construído pela Energia, e um sistema de controle de reação (RCS) melhorado da Aerojet. Essas melhorias reduziram a massa de veículos em 620 quilos. O veículo de voo foi testado em White Sands EUA, durante o verão de 1996. Após o quarto voo, o DC-XA sofreu graves danos e o programa terminou por falta de financiamento.


Consta nos arquivos da NASA (Ver Aqui), “Durante o voo 4 em 31 de julho de 1996, o suporte de pouso 2 não conseguiu se estender, fazendo com que o veículo desequilibrado tombasse em sua plataforma de pouso. O tanque LOX (Oxigênio Líquido) explodiu, e havia indícios de explosões secundárias no tanque LH2 (Hidrogênio Líquido) também. O fogo que se seguiu danificou grandes seções do DC-XA. Um conselho de investigação foi convocado para determinar a causa do acidente, que mais tarde foi determinado como sendo uma linha pressurante de hélio desconectada que fornecia pressão hidráulica para estender o suporte de pouso.”


A conclusão do programa foi bem resumida pelo diretor do programa Reusable Launch Vehicle (Veículos Lançadores Reutilizáveis), Gary Payton. Ele afirmou: "Do jeito que o orçamento está agora, não podemos nos dar ao luxo de reconstruir o Clipper Graham e não seremos capazes de continuar com essa técnica de decolagem e pouso, por isso declararemos vitória com o DC-XA."


Embora nunca tenha alcançado a órbita, o DC-X foi considerado um sucesso, o programa custou ao todo 60 milhões de dólares. O que importa num projeto como este, não é só o sucesso dele, mas também a experiência nele adquirida, mostrando que coisas antes pensadas serem impossíveis são possíveis, abrindo caminhos e mentes para idéias cada vez mais ousadas.


“Como qualquer bom veículo experimental, o DC-XA voou até ser destruído. Sempre ficaremos impressionados com as lições que este pequeno foguete nos ensinou sobre a maneira certa de viajar para os céus...”



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Fontes:

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

MISSÃO LUCY

Missão Lucy e Suas Aventuras No Campo Gravitacional de Júpiter



Lucy
é a primeira missão da NASA a explorar os Asteroides Troianos (Ver Aqui Diagrama dos Asteroides), conhecidos como Trojans (Asteroides do início do nosso Sistema Solar que estão presos no campo gravitacional de Júpiter), nunca visitados, e com um possível tesouro de novas percepções de como o nosso Sistema Solar se formou!

Esses asteroides estão presos na órbita de Júpiter há bilhões de anos, a duração da missão é de 12 anos e pretende explorar 7 asteroides diferentes.

Batizada com o nome do fóssil mais antigo de um ser humano já encontrado, Lucy deve mudar nossa compreensão de nosso próprio Sistema Solar da mesma maneira que mudou a nossa compreensão sobre nossa própria espécie, trazendo mais perto, fósseis da formação de planetas!

O Foguete Atlas V decolou para o céu noturno do complexo de lançamento espacial 41 do Kennedy Space Center localizado nos Estados Unidos, no dia 16 de outubro de 2021.

Após o lançamento e da entrada no espaço, Lucy iniciou o desdobramento de seus grandes painéis solares circulares, começou-se então uma série pré-programada para desdobrar os painéis solares, porém houve um travamento em um dos painéis durante a sua abertura, mas a NASA diz que não recebeu uma confirmação de que o outro painel circular tenha sofrido o mesmo problema.

Mas de acordo com a diretora associada de programas de voo na divisão de ciência planetária Joan Salute, a missão não corre perigo.

A nave está recebendo energia, e os painéis estão produzindo mais de 90% da potência esperada, que seria o total de 18.000 watts. Ao atingir os asteroides é esperado que os painéis forneçam cerca de 500 watts, devido à maior distância do Sol.

Os três instrumentos principais necessários para os objetivos da missão precisam de cerca de 82 watts de potência durante cada encontro com o asteroide.

Depois de visitar o primeiro enxame de Asteroides Troianos, Lucy mudará o curso, reutilizará o campo gravitacional da Terra, e se dirigirá ao segundo enxame, já que um será capturado na frente da órbita Jupiteriana e o outro atrás dela. Acredita-se que os enxames de Asteroides Troianos associados a Júpiter sejam remanescentes do material primordial que formou os planetas externos.

Os troianos orbitam o Sol em dois grupos soltos, com um grupo à frente de Júpiter em seu caminho, e o outro atrás
. Esses corpos primitivos contêm pistas vitais para decifrar a história do sistema solar.



Nenhuma outra missão espacial na história foi lançada para tantos destinos diferentes em órbitas independentes ao redor do nosso Sol. Lucy nos mostrará, pela primeira vez, a diversidade dos corpos primordiais que construíram os planetas, inclusive o planeta a que chamamos de lar!

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Fonte:
NASA.GOV/


Autor:
CCJ


SPACEX E MICROSOFT

Azure e Satélites Starlink


O projeto Starlink da SpaceX ganha um novo aliado e impulsiona o seu crescimento, a gigante Microsoft fecha uma ambiciosa parceria com a empresa de Elon Musk, cujo o qual vem cultivando uma interessante amizade com o poderoso Bill Gates.

Ambos tem ideias muito diferentes em relação a muitas coisas, como por exemplo, Bill Gates não acha que os caminhões elétricos da Tesla são viáveis, ele também não acredita em projetos de levar a civilização humana para fora da Terra, claramente sendo contrário a Elon Musk no interesse em colonizar Marte.

Apesar disso, suas empresas são agora parceiras de negócios. Os satélites da Starlink e a nuvem da Azure se unem em uma parceria ambiciosa, podendo gerar cerca de 50 bilhões de dólares/ano de acordo com Musk, cujo o dinheiro será destinado a continuar a construir e operar seus foguetes para colonizar Marte.

A SpaceX irá colocar satélites na Baixa Órbita da Terra (LEO), levando internet a todos os cantos do planeta. O objetivo é ter Downloads e Uploads extremamente rápidos com baixa latência, (refere-se ao tempo que um pacote de dados leva a partir de um computador local até ao seu destino e, depois, de volta), geralmente medido em "ms" ou milissegundos.

A Microsoft estabelece então esta parceria com a SpaceX, pois tem o objetivo de expandir o projeto Azure pelo planeta, com satélites Starlink. A rede Starlink proverá conectividade para as Centrais de Dados Móveis da Microsoft, formando uma sinergia entre a Starlink e a Azure.



A Azure Modular Data Center foi criada com foco em pessoas que precisam de alta conectividade para os mais variados ambientes, incluindo áreas remotas. O Azure Space oferecerá uma rápida conexão via satélite em qualquer lugar do mundo. Irá abranger desde assistências humanitárias a suporte para missões militares, exploração de minérios e muito mais.

A SpaceX e a Microsoft ainda trabalharão juntas em projeto para o Pentágono (sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos), construindo quatro satélites para rastrear mísseis hipersônicos, sendo a primeira fase de um grande projeto que visa construir uma constelação de satélites para os mais variados objetivos. A previsão é que seja concluída até Setembro de 2022.

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Fonte:
https://youtu.be/lO26hQdh5QU

Autor:
João V. Sandi